Esse artigo terá como objetivo ajudar no entendimento dos princípios de ter uma eficiente Gestão de Calibração, passando algumas informações importantes e relevantes para o segmento.
Procedimentos de Manuseio
Os resultados de Gestão de Calibração e ensaio são normatizados de acordo com a NBR ISO IEC 17.025 – Itens 6.4.3/6.4.5/6.4.6. Os procedimentos de manuseio são:
Manutenção planejada e também a questão de se enviar os padrões frequentemente com planejamento para calibração.
Avaliação de conformidade, seria a análise crítica do certificado do padrão no recebimento.
Planejar e avaliar o envio para um laboratório RBC competente e com incerteza dentro do requerido pelo padrão.
Itens 7.6/7.6.1/7.7/7.7.1
Trata-se da avaliação da incerteza de medição e todas as contribuições para que sejam inseridas as fontes de erros. Garantia de validade dos resultados.
Itens 7.8/7.8.2.1
Conteúdo necessário para o documento de relato de resultados, ou seja, o certificado de calibração. A utilização desse conteúdo é importante tanto para laboratórios internos (das próprias indústrias), quanto para prestadores de serviços de calibração e ensaio.
Dados de Calibração
Atualmente muitos técnicos ao estabelecer um processo de calibração começam a ajustar os equipamentos equivocadamente, mexendo nos ajustes de trimpot de 4 a 20 e no configurador hart.
É importante lembrar que antes de fazer eventuais ajustes quando ocorrer um processo de calibração, esses dados de calibração devem ser documentados, e se houver a necessidade de ajuste ele deve ser executado e novamente se estabelece um processo de calibração que será documentado após o ajuste.
Com isso o certificado de calibração onde ocorreu o ajuste deveria conter os dados do antes e depois do ajuste. Em relação a rastreabilidade, a NBR ISO IEC 17.025 indica que as medições devem seguir uma cadeia ininterrupta até o mais alto nível do sistema internacional de unidades.
Calibração em Malha
Muitas indústrias estão recorrendo ao processo de calibração em malha, que é composta de diversos TAGs, desde o primeiro elemento de medição, passando por eventual conversor, até o último elemento da malha (elemento final do sistema de medição).
A calibração em malha é a geração da grandeza primária do elemento primário, que passa pelo conversor e permite a leitura desse valor no controlador. Essas somas metrológicas de incerteza deverão estar expostas no certificado de calibração, que está previsto na Norma ANSI/ISA-62382 que relata e propõe o processo de calibração de malha.
Requisitos da Calibração
O alinhamento dos requisitos para calibração do cliente e do fornecedor quando contratado é definido de acordo com a NBR ISO 17.025, onde é feita através da análise crítica de diferentes propostas e contratos. Todos os requisitos do cliente são repassados para o fornecedor que vai fazer uma análise, e verificar se tem ou não condições de atender os requisitos do cliente para esse tipo de serviço contratado.
Análise do Padrão com relação ao Critério de Aceitação
Os profissionais do segmento de metrologia e calibração precisam estar atentos ao critério de aceitação da calibração, como e qual tipo de padrão está sendo utilizado na calibração realizada.
É essencial que o padrão seja superior ao critério de aceitação, porque quando o padrão tem uma incerteza muito próxima ao critério, o certificado herdará essa incerteza ruim, fazendo com que a calibração possa estar reprovada.
Assim concluímos que é de extrema importância escolher padrões, sistemas e soluções metrológicas que atendam os seus respectivos Critérios de Aceitação para uma eficiente Gestão de Calibração.